segunda-feira, 13 de junho de 2011

Choque de Realidade

Anselmo, com dois gols, e Bida, com um, foram os destaques do jogo contra o Ceará OK: perder de goleada nunca é bom. Mas, se perder agora poder fazer com que, em um futuro próximo, vitórias aconteçam, uma goleada pode, sim, ser bem vinda. Nenhum jogador, torcedor ou diretor do Ceará admitirá isso, mas fica óbvio que o Ceará precisava de um resultado como esse para voltar ao planeta Terra. Um tapa na cara que dissesse: seu time é mediano e não pode dar uma passo maior que a perna.

Se o Ceará fez um grande campanha ano passado, deve muito à sua humildade e seu pé no chão. Sabendo de suas dificuldades ofensivas, a equipe jogava com três volantes defensivos e apostava todas as suas fichas nos contra-ataques. Assim, chegou a liderar o Brasileiro e, mesmo com a normal e compreensível queda de rendimento, ficou longe da zona de rebaixamento.

Contrariando todas essas características, desde o começo do ano, o Ceará já apresentava uma inexplicável arrogância. O pior foi que o destino pareceu dar corda a essa arrogância. O Ceará passeou no fraquíssimo Campeonato Cearense, onde não tinha rival à altura. Nem mesmo o rival Fortaleza estava ao par do Vovô. Na Copa do Brasil, chegou nas Quartas-de-Final sem nenhum grande adversário. Contra o Flamengo, encaixou bons jogos contra um Flamengo combalido (que apresenta a mesma síndrome descrita aqui). O último estágio foi contra o problemático Internacional, no Beira-Rio. Pronto: nem mesmo a eliminação na Copa do Brasil frente ao Coritiba fez a equipe descer do salto.

Mas chegou a hora do destino puxar o tapete do Vovô. A goleada por 4 x 1 frente ao Atlético-GO foi o primeiro passo. Caso a equipe alvinegra continue com a soberba atual, a queda pode ser ainda maior. O próximo desafio já é contra o atual líder São Paulo. Precisa de pé no chão, três volantes e muita humildade.

* A começar pela diretoria: 100 reais para ver um jogo do Ceará é uma verdadeira extorsão.


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